Depois de voar pela sombra de Mercúrio, a câmera de monitoramento 1 de BepiColombo (M-CAM 1) obteve as primeiras visões de perto da superfície de Mercúrio. Voando sobre o 'terminator' - a fronteira entre o dia e a noite - a espaçonave teve uma oportunidade única de espiar diretamente as crateras sombreadas para sempre no polo norte do planeta. As bordas das crateras Prokofiev, Kandinsky, Tolkien e Gordimer projetam sombras permanentes em seus pisos. Isso torna essas crateras apagadas alguns dos lugares mais frios do Sistema Solar, apesar de Mercúrio ser o planeta mais próximo do Sol! À esquerda do pólo norte de Mercúrio, na visão do M-CAM 1, estão as vastas planícies vulcânicas conhecidas como Borealis Planitia. Estas são a maior extensão de "planícies lisas" de Mercúrio e foram formadas pela erupção generalizada de lava escorrendo há 3,7 bilhões de anos. Na segunda imagem, no canto inferior esquerdo da imagem, encontra-se a enorme bacia Caloris, a maior cratera de impacto de Mercúrio, que se estende por mais de 1500 km. O impacto que criou esta bacia marcou a superfície de Mercúrio a milhares de quilômetros de distância, como evidenciado pelas calhas lineares que irradiam dela. A terceira imagem de BepiColombo selecionada a partir deste sobrevoo, obtida pelo M-CAM 2, mostra exemplos espetaculares das duas coisas que trazem material brilhante para a superfície: atividade vulcânica e grandes impactos.
A mancha brilhante perto da borda superior do planeta nesta imagem é a Fácula Nathair, o rescaldo da maior explosão vulcânica em Mercúrio. Em seu centro está uma abertura vulcânica de cerca de 40 km de diâmetro que foi o local de pelo menos três grandes erupções. O depósito vulcânico explosivo tem pelo menos 300 km de diâmetro.
Fonte: ESA.
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