No dia 4 de julho de de 1868, em Lancaster, em Massachusetts a astrônoma Henrietta Swan Leavitt. ela ficou famosa por seu trabalho sobre estrelas variáveis, o resultado de suas pesquisas foi utilizado por Edwin Hubble para calcular a distância das galáxias — à época chamadas de "nebulosas". Com isso, Hubble pôde demonstrar que algumas dessas "nebulosas" eram na verdade outras galáxias, pondo fim a um longo debate sobre a natureza desses objetos e sobre as dimensões do Universo. O conhecimento dessas distâncias permitiu ainda que Hubble concluísse que o Universo está em expansão, o que demonstra a importância dos trabalhos de Henrietta Leavitt. Leavitt teve poucas possibilidades de efetuar trabalhos teóricos, mas foi rapidamente nomeada à chefia do departamento de fotometria fotográfica responsável pelo estudo das fotografias de estrelas a fim de determinar suas magnitudes, processo que envolvia a comparação do tamanho de uma estrela em duas chapas fotográficas tiradas em tempos diferentes. Ela descobriu e catalogou 1777 estrelas variáveis situadas nas Nuvens de Magalhães. Em 1908, publicou seus resultados nos Annals of the Astronomical Observatory of Harvard College, percebendo que algumas destas estrelas variáveis apresentavam um padrão: as mais brilhantes oscilavam com períodos maiores. Depois de estudos mais detalhados, em 1912 confirmou, a partir de seu catálogo, que a luminosidade das variáveis cefeidas era proporcional ao seu período de variação de luminosidade, e que essa relação era bastante precisa. A relação período-luminosidade para cefeidas fez delas as primeiras "velas-padrão" em astronomia, permitindo a determinação das distâncias de galáxias. Essas distâncias são muito grandes, de modo que não é possível aplicar o método da paralaxe, usado para medir distâncias de estrelas próximas. Apenas um ano depois de Leavitt publicar seus resultados, Ejnar Hertzsprung determinou as distâncias de várias estrelas cefeidas na Via Láctea, e com essa calibração a distância de qualquer cefeida poderia ser determinada com bastante precisão. A descoberta de Leavitt mudaria para sempre nossa visão do universo.
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