No dia 5 de setembro de 1977 era lançada a histórica missão Voyager 1, que passou por Júpiter e Saturno. Após Saturno, a sonda seguiu uma trajetória que a levaria para fora do Sistema Solar. Em 5 de setembro de 2022, a sonda completou 45 anos de operação (sim, ainda está operando!), recebendo comandos de rotina e transmitindo dados para a Terra. A sonda foi a primeira a entrar no espaço interestelar, informação oficialmente confirmada pela NASA no dia 12 de setembro de 2013.
Em maio de 2022 a NASA informou que estava recebendo informações não precisas da sonda Voyager, classificadas como "sinais misteriosos". O problema seria no Sistema de Articulação e Controle de Atitude (AACS, na sigla em inglês), cujas informações estariam sendo "geradas aleatoriamente", o que não determinaria em que estado o AACS poderia estar. A agência espacial americana, no entanto, informou que o sinal da sonda não enfraqueceu, e que isso indica o posicionamento correto da sua antena.
Não é possível, nem com os mais poderosos telescópios observar a sonda a partir da Terra, mas se fosse possível, ela estaria próximo da estrela mais brilhante da constelação de Ophiuco, como mostra a segunda imagem.
Carl Sagan e Carolyn Porco, dois cientistas da missão, convenceram os diretores da NASA de que a sonda fizesse um "retrato em família do Sistema Solar". Em seu livro de 1994, Pálido Ponto Azul: Uma Visão do Futuro do Homem no Espaço, ele disse: "Olhe novamente para esse ponto. É aqui. Este é nosso lar. Somos nós". E passou a descrever a Terra como "uma partícula de poeira suspensa em um raio de sol". Esse texto faz referência a foto tirada pela Voyager 1 a uma distância de 6 bilhões de quilômetros da Terra, um pouco além da distância de Plutão no apogeu e que pode ser vista na última imagem. Para saber mais sobre as missões Voyager, ouça o episódio 11 do podcast Astronomia e Astronáutica.
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